Pudera ser, o que não sou.
Pudesse eu ser
um tufão, para absorver tua dor, um sol para secar tuas lágrimas de tristeza
que escorrem em tua face, uma estrela para brilhar em teu olhar, sempre que
estiver em vias de se apagar, brisa para sussurrar no teu ouvido, teu rosto
acariciar e, afagar tua alma. Pudesse eu ser calmaria, para suprimir teu
cansaço, analgésico para acalmar tua dor corporal. Pudesse eu ser o teu leito,
para em mim repousares tranquilamente, meus braços teus lençóis de seda
acomodando teu corpo desgastado, e embala-lo até ao mundo dos mais belos
sonhos. Pudesse meu peito ser tua almofada, para repousar tua mente, onde
ouvirias meu coração bater, transformando cada batimento numa melodia
harmoniosa para teus ouvidos. Como não posso ser o que tanto queria, sou apenas
aquilo que posso ser, seu ombro sempre que de um necessitares, um par de
ouvidos sempre que quiseres falar, alguém que te dará o melhor de si, só para
sentir a tua felicidade, pois a tua felicidade é a minha também.
Peter Pires
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