Palavras para quê?
Toda e qualquer palavra é dispensável, quando te contemplo, e apenas deixamos nossos olhos se comunicarem, nossos sorrisos esboçados transmitirem nossos pensamentos em uníssono, o quanto significamos um para o outro. Soltando um suspiro intencional como se libertássemos um turbilhão de emoções que emerge assim do nada e de tudo ao mesmo tempo, esse mesmo suspiro que faz minha pele arrepiar, despertando algo em mim inexplicável, me transportando para um lugar que só a nós pertence. Ao nosso mundo onde existe apenas tu e eu. Poderia e posso falar um milhão de vezes o quanto te amo, e tentar explicar o que sinto. Mas como? Se não há palavras para o descrever mas apenas sentir, palavras para quê se comunicamos sem nada dizer, palavras para quê se a nossa linguagem visual e corporal transborda tudo de uma forma tão intensa que ainda não foram inventadas as palavras certas para o transcrever.
Peter Pires |
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